quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O compêndio da chupeta

Eu chupei o dedo até os 11 anos de idade, só para dormir. Decidi parar por conta própria quando coloquei aparelho nos dentes, não só porque achava que não fazia sentido continuar chupando o dedo enquanto consertava os dentes, mas também porque o aparelho machucou meu dedo as vezes que eu tentei continuar com esse hábito...

Depois de adulta sempre simpatizei mais com as crianças que chupavam o dedo do que a turma da chupeta, o dedo sempre me pareceu mais natural.

No curso de gestantes tivemos uma palestra com uma dentista que passou horas declarando ódio às chupetas, mostrando fotos de dentinhos de leite em forma de arco. Ao final da palestra perguntei se então era melhor deixá-los chupar o dedo e então a dentista disse que, entre dedo e chupeta, a chupeta era melhor (depois de tudo aquilo!!!), pois o dedo não dava pra jogar no lixo depois de uma certa idade. E, aparentemente, o dedo também pode modelar os dentes em forma do famigerado arco.

Conversando com a pediatra a orientação foi de observar se o bebê escolhia um dedo pra chupar (por enquanto o João chupa todos ao mesmo tempo) e que, se isso acontecesse, a gente podia dar a chupeta. A pediatra ainda acrescentou que nem todos os bebês aceitam a chupeta, que a própria filha dela escolheu o dedo e não teve jeito.

O fato é que foram pouquíssimas as ocasiões em que chegamos a pensar na necessidade de chupeta. O João é uma criança bem tranquila. Até hoje, ao que parece, nunca teve cólica e, quando acordado, se chora é porque quer mamar ou está molhado e precisa ser trocado. Aliás essa acho que foi a orientação mais sensata que recebi de uma pediatra no hospital em que o João nasceu: "Nem pense em cólica nos primeiros dias. Se ele chorar é fome ou então ele precisa ser trocado. Se achar que ele está precisando de chupeta, deixe ele chupetar no seu seio". Bom... funcionou.

De uns tempos pra cá ele tem escolhido o dedão pra chupar eventualmente, e acho que foi isso que nos fez começar a pensar em qual seria nossa escolha afinal. Um dia colocamos a chupeta em sua boca e 10 segundos depois eu a tirei achando aquela figura do bebê com chupeta muito feia. Como eu disse lá em cima, sempre simpatizei mais com os bebês chupando o dedo. Desistimos por hora. Num outro dia em que o João estava alimentado, trocado, mas continuava chorando de tempos em tempos quando acordava de um soninho com pequenos sustos, decidimos tentar de novo. Ele cuspiu, repetidas vezes. Confesso ter sentido um certo alívio. Assim a escolha deixava de ser minha e passava a ser dele, ELE havia rejeitado a chupeta.

Nesse momento abro um parênteses para um desabafo: Eu fico um pouco preocupada com a ideia de acalmar um bebê com comida. Talvez porque eu procure me acalmar com comida e isso me traz um problema bem mala pra minha vida. Sobre esse assunto, inclusive, uma vez ouvi de uma mãe, que falava ao telefone com o marido, que a pediatra dela tinha orientado que ela não desse mamadeira para o bebê toda vez que ele chorasse, que ela tinha de esperar o horário da mamada. A mãe desse bebê era obesa e o bebê tinha mais ou menos a idade do João na época, menos de um mês.

Fechando o parênteses, ainda sem sentir muita utilidade para a chupeta, posso reafirmar que o João não precisa ser "pacificado" quase nunca, é um bebê tranquilo na grande maioria das vezes. Mas fica a questão que mesmo entre médicos ainda gera discussão... E nessa vida eu sempre prefiro ficar com as perguntas...

Enquanto isso, mamães, filhões, se quiserem me falar da experiência de vocês, como chupadores de chupetas ou dedos, e de seus filhos a gente continua juntando informações para o nosso compêndio da chupeta.

5 comentários:

  1. Mari,
    Acho que fui uma criança "gulosa" então" rsrsrs
    Adorava a chupeta e...o dedo da minha mãe. Mas não para chupar e sim cheirar! Era tão bom, mas tão bom o cheiro, que posso sentir o cheiro ainda hoje, mesmo não o cheirando!
    E posso dizer que a chupeta NADA interferiu na minha arcada dentária, meus dentes são retinhos, sem nunca ter usado aparelhos.

    Lembro também, nitidamente, do dia em que joguei minha chupeta no lixo! Era meu aniversário de 4 anos e decidi por conta que dali em diante o dedo da minha mãe seria o suficiente! =)

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  2. OI MARI...
    EU NUNCA CHUPEI CHUPETA MAIS TOMEI MAMADEIRA ATÉ 9 ANOS DE IDADE, NAQUELA ÉPOCA EU ERA MAGRINHA...
    E MINHAS MENINAS.. A LUIZA CHUPOU ATÉ 3 ANOS, SEMPRE FOI CALMINHA MAIS CONFESSO QUE ACHAVA BONITINHO O CHUPETÃO...EM COMPENSAÇÃO A LAÍS JÁ ESTÁ COM 3 ANOS E MEIO E TEM UMA COLEÇÃO DELAS, JÁ FEZ VÁRIOS ACORDOS COM O PAPAI NOEL, COELINHO DA PÁSCOA E AGORA ESTÁ EM GUERRA COM A TAL FADINHA. A LAÍS TEM UM ESTILO MEIO MEG(DOS SIMPSONS) CHUPA A CHUPETA VIRANDO OS OLINHOS...ACHO BONITINHO AINDA, MAIS ESPERO QUE ELA SE ENTENDA LOGO COM A TAL FADA! BEIJO MINHA FLOR E UM UPA NO SEU BEBÊ LINDO!

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  3. Meninas, adorei os depoimentos! obrigada!

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  4. Mariana nunca tive chupeta e não dei chupeta para meus filhos. Os dois mamaram no seio até 6 meses um e outro até 9 meses. Complemento de mamadeira foi necessário para você. Eu acho que chupeta é um objeto transicional para os pais que é oferecido à criança. A criança precisa ser entendida; Está com fome, com sono, com cólica, quer solo? Pacifier quer dizer pacificar e eu acho que uma criança satisfeita não precisa ser pacificada. Precisa ser entendida. Sou contra chupeta.

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  5. Quis dizer quer colo e escrevi solo. Solo me sugere sozinho. A criança vai ter que lidar de qualquer maneira com o ser sòzinho. Ato falho?

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