Outro dia, voltando da escola, tocou no rádio a propaganda de uma farmácia. Você disse o nome da farmácia e me perguntou o que era isso. Eu expliquei que era o lugar onde a mamãe comprava o seu leite, os remedinhos e as fraldas (aliás, você só as usa para dormir agora!). Você repetiu tudo como quem procura entender. Chegamos em casa e contamos para o papai o que você tinha aprendido e você explicou a ele o que a gente fazia na farmácia. Vários dias depois passei na frente da farmácia e te mostrei: "Olha João! Aqui é a farmácia" e você completou "onde a mamãe compra leite, fralda, remedinho". Acho que toda mãe sempre morre de orgulho nesses momentos, não tem jeito. Vários dias depois passei reto na frente da farmácia e você disse "mamãe vai comprar leite?".
Falando frases, você passou a conjugar mais o verbo "não-querer". E com ele veio a descoberta de que nem sempre podemos fazer o que queremos... E isso dá um trabaaaalho. É resistência, persistência, cansaço (sua e nossa) e alguns cabelos brancos. O legal é que eu e seu pai conversamos muito e pensamos junto o que fazer, sempre. Quando alguma coisa não está dando certo a gente pára e pensa e muda. A rotina é intensa, não dá tempo de muita novidade, tem muita coisa pra fazer e o dia só tem vinte e quatro horas e a energia da mamãe dura menos que isso! Eu olho para as suas avós super cheias de energia e eu me sinto um zumbi!!! Se tem uma coisa que filho ensina pra gente é como persistir além da fome, do cansaço, do sono, do mau-humor. É como um rally. Todos os dias, pra sempre...risos... E nós, como pais, sobrevivemos a tudo isso e continuamos existindo, isso deve valer alguma coisa, não???
Aí, filho, não preciso nem dizer que o desempenho da mamãe fica comprometido, né?
Nenhum comentário:
Postar um comentário