domingo, 16 de outubro de 2011

O tempo

Hoje você faz quatro meses. O tempo passa rápido e ao mesmo tempo não. A rotina é cansativa e sempre igual. E se em algum momento eu posso me cansar de fazer sempre o mesmo, você me arranca um sorriso no rosto ao arregalar os olhos e escancarar um sorriso quando eu dou corda sempre no mesmo móbile. Me arrepia pensar que você não se lembrará desses momentos. Não se lembrará da alegria que sente, batendo os pezinhos e balançando os bracinhos, ao ver um móbile girar todas as vezes como se fosse a primeira. Nem da alegria que é quando a mamãe ou o papai entram no seu campo de visão. Quando para de mamar e, ainda com o bico do seio na boca, abre um sorriso, olho no olho comigo. A mesma alegria quando o deixo no tapete e você procura alcançar os bichinhos pendurados, ou quando percebe que vai tomar banho e já sorri a cada peça de roupa tirada, batendo perninhas na água do banho e fazendo a maior sujeira no banheiro. O primeiro sorriso quando te dou bom dia. Por isso escrevo. Na tentativa de guardar um pouco do tempo que escorre entre os dedos diariamente, que às vezes quase me deixa cega por parecer trazer todo dia o mesmo do mesmo, e que a cada mês me lembra que passa, que você cresce, enquanto eu desejo que essa alegria permaneça contigo para que possa curtir todos os momentos mágicos da vida de olhos bem arregalados.


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